2ª TURMA DE PÓS EM GESTÃO AMBIENTAL, VISITA QUATRO PONTOS DA CIDADE E FAZ UM LEVANTAMENTO SOBRE ANALISE DE RISCO.

A 2ª Turma da Pós em Gestão ambiental da UNIC Rondonópolis, fiseram uma visita técnica em quatro ponto da cidade afim de levantar e analisar ponto de risco para isso usaram o metodo RAPPAM (Metodologia para Avaliação Rápida e a Priorização do Manejo de Unidades de Conservação). E aplicação do Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de habitat em segmentos de bacias hidrográficas, modificado do protocolo proposto pela agência de proteção Ambiental de Ohio, EUA (EPA, 1987). Para cada parâmetro analisado foi atribuído uma nota, 04 pontos para situação natural, 02 pontos para situação alterada e Zero 0 para situação severamente alterada De acordo com tabela Krupek. A área de estudos compreende 04 locais de analise no Município. 1º Local Distrito Industrial Augusto Bertolo Rasia. Está situado às margens da Rodovia BR-163, próximo ao Posto Trevão, Com área total de 1.912.549m2. 2º Parque das Águas. Situado às margens do Rio Vermelho, região conhecida também como cais. 3º Comunidade Ribeirinha Barra do Arareal- Rio Vermelho, Região próximo ao centro da Cidade, conhecida como Vila Rondon. 4º Loteamento Sunflour. Localizado às margens do Anel Viário Conrado Salles Brito, região periférica da cidade.
As coletas de dados foram realizadas no dia 22 de Outubro de 2011. As pressões e ameaças dos ambientes estudados evidenciaram impactos ambientais diversos (Figura 1).

Figura 1. Gráfico Pressões e Ameaças.
CRA = Comunidade Ribeirinha Arareal.
DI II = Distrito Industrial II.
RS = Residencial Sunflour

Crescimento da economia, fez com que a cidade de Rondonópolis implantasse um novo distrito industrial Augusto Bertolo Rasia.O crescimento da agroindústria tem transformado o Município em um lócus privilegiado do comercio e serviços e através desta expectativa, que as empresa especializada vem implantando suas unidades no município e também criando nova oportunidade para o desenvolvimento tecnológico do município. A cidade também se destaca por estar em uma posição geograficamente privilegiada, tornando-a de extrema importância na área de logística. A dimensão urbana de Rondonópolis, fez com que fosse criado esse novo distrito, influenciados por fatores políticos e comerciais, esse novo distrito tem como principal meio econômico os segmentos de serviços, mas conta também com uma grande empresa de bebidas, cervejaria Petrópolis a mantenedora da marca Cerveja Cristal.

Para que esse distrito tivesse sua concretização foi preciso explorar o meio ambiente literalmente e a exploração ambiental está diretamente ligada ao avanço do complexo do desenvolvimento tecnológico, científico e econômico que, muitas vezes, tem alterado de modo irreversível o cenário do planeta e levado a processos degenerativos profundos da natureza (RAMPASSO, 1997).

Erosão causada pela agua da chuva nos fundos do Novo Distrito
Industrial Augusto Bertolo Rasia.

Esse desenvolvimento teve influencia direta nas seguintes coletas de dados que foi levantados no local, e foram constatados: Remoção da vegetação natural, descoberta do solo, destacando um grande processo degenerativos e profundos da natureza à erosão. Esse processo trouxe grande perda da fertilidade dos solos; a destruição florestal; a dilapidação do patrimônio genético e da biodiversidade; a contaminação dos solos, da água, dos animais silvestres. Instalação das indústrias próximas a unidade de conservação onde a mesma não tem proteção com uma cerca para com que o animal não venha até a área industrial.
Rios, lagos lençóis freáticos, riachos enfim todo corpo hídrico do planeta
são ecossistemas que vêm suportando intercessões ambientais e alterações
em seu cenário decorrentes de atos antropogênicas, principalmente por causa
dos procedimentos de urbanização a ocupação desconchavada das bacias
hidrográficas e o consequente uso dos recursos hídricos acidentam as
distinções físico-químicas e ambientais dos corpos de água propriamente
expostos das bordas ao longo de seus cursos, sendo escassos os rios e
riachos que mantêm conservadas e íntegras suas categorias naturais (Allan,
1995). O constante abuso do corpo hídrico por uma sociedade moderna está
totalmente na contramão da preservação dos ecossistemas de rios e riachos
que são de necessidades urgentes e geralmente os esforços são
fundamentados em estudos, mas em poucas ações. É mais barato poluir e
depois fazer compensação ambiental do que inserir métodos de evitar a
poluição e contaminação dos rios.

Cais do Porto antigo deposito de extração de areia e feito
Compensão sócio ambiental com área de laser a beira do Rio Vermelho.


Para esse aspecto foram feitas os seguintes levantamentos através de
analise não laboratorial, por contato físico diretamente ao corpo d’água do Rio Vermelho com a barra do Rio Arareau, e a amostra da água apresentaram os seguintes aspectos: barrenta devido à grande quantidade de material sedimentar causado pelo desmatamento e retirada das APP (área de
Preservação Permanente), oleosa devido à presença de esgoto domestico
proporcionado por não ter uma estação de capitação e tratamento de dejetos
ao longo do Rio Arareau, não possuem odor devido ter uma ótima correnteza,
suas margens estão bem assoreadas e a presença de material estranho como
lixos que são evidentes.

Assoreamento e lixos exposto Rio Vermelho próximo ao
Cais do porto (parque das aguas)

Barra do Arareau com Rio Vermelho, assoreamento do
Rio devido à remoção da vegetação nativa e implantação de área de lazer


Comunidade Ribeirinha, Barra do Arareau e Rio Vermelho. Vêm
convivendo ao longo do tempo com novo surgimento de complexos sociais e
poliesportivos, aumento do trânsito e outras estranhezas o que não passariam
despercebidos aos olhos desta comunidade que há décadas adapta seus
estilos de vida aos avanços desordenados do concreto e aço, forjando assim
uma composição de descaso e abandono sobre as margens do rio Arareau e
Vermelho. A família desta comunidade suporta constantemente com ameaças e
pressões, sua composição se figura a uma historia de sofrimento devido a um
processo de ocupação ilegal e caótico que a cidade se figurou nas décadas de
80 e 90. Para compensar o impacto trazido por essa comunidade que hoje é
chamada por Vila Rondon, foi construído um parque ao lado dessa
comunidade, mas que ainda vem sendo prejudicada, pois interferiu socialmente
no cotidiano de cada família dessa comunidade.

Solo com impermeabilidade alta devido às margens do rio Arareau está
comprometida por assoreamento proporcionado por remoção da vegetação natural,
proporcionando o Criatório de Artrópodes.

Foram constados os seguintes: Era uma antiga área de extração mineral
(extração de Areia lavada), esta área tem alto índice de imediação urbana, área
totalmente impermeável proporcionando criatório de artrópodes (mosquitos).
Área propicia a enchentes, remoção da vegetação nativa e substituição por
graminha e implantação de arvores não nativas. Cogita-se a construção de
uma avenida “Avenida Beira Rio”, e tem sua extensão por toda margens do rio
Vermelho.

Loteamento Sunflour. Foram analisado no loteamento os seguintes
aspectos: Remoção da vegetação Natural, alto índice de entulho e lixo
domestico, aparecimento de erosão devido o terreno ser aclive, impactando o
bairro que se se situa logo abaixo (Residencial Lucia Maggi) e também corpo
do Rio Arareal, perca da massa superficial, pois se trata de solo ainda em
formação.

Loteamento Sunflour, antigo cerrado e de solo em formação terreno com.
Declividade alta, proporcionando aparecimento de erosão.

Loteamento Sunflour, ao fundo residencial Lucia Maggi e Anel Viário
Conrado Salles Brito e Rio Arareau.


As principais mudanças nas áreas visitadas estão relacionadas à
ocupação urbana das APP, isso resultou a elevação da utilização dos recursos
hídricos, modificações no solo ocasionando as erosões, assoreamentos dos
cursos dos afluentes, levando sedimentos e impactando também a fauna e
flora aquática e terrestre.
A ocupação levou inevitavelmente as degradações aos processos
eutrofizantes e degradativos dos sistemas citados modificando a qualidade do
solo e da água, obtendo também a poluição sonora e atmosférica.

Carlos Eduardo Silva Modolon
Kadu_life28@hotmail.com