segunda-feira, 9 de maio de 2011

PRÉ-VESTIBULAR (3.200 candidatos realizaram o processo de seleção )

Redação 24 Horas News

3.200 candidatos realizaram o processo de seleção do CUIABÁ VEST 2011A Prefeitura de Cuiabá, por intermédio da Fundação Educacional de Cuiabá – Funec, realizou na manhã de domingo, dia (08-05), o processo de seleção do cursinho comunitário gratuito, o CUIABA VEST. Um total de 3.200 candidatos disputam as 2.530 vagas abertas para este ano.

Para ingressar no cursinho preparatório da Prefeitura de Cuiabá, o interessado participa de uma seleção, que inclui prova de interpretação de texto, lógica e aplicação de questionário socioeconômico. O aprovado recebe material apostilado e aulas inteiramente grátis no decorrer de um ano.

Com 18 anos, Glécia Regina de Souza, moradora do bairro São Francisco, explica porque resolveu fazer o certame: “quero ter uma oportunidade melhor para passar em uma instituição federal, e acredito que o CUIABÁ VEST poderá me dar um bom preparo. Confio plenamente nesse cursinho, pois tenho amigos que já passaram por lá e disseram que é muito bom”.

Outra candidata, Bruna Teixeira dos Santos, do bairro Araés, vê o CUIABÁ VEST como uma oportunidade de realizar seus sonhos: “Já fiz o ano passado e sei que esse cursinho pré-vestibular nos dá várias chances para crescer na vida. Tenho 19 anos e meu sonho é fazer faculdade de Publicidade e Propaganda; sei que o CUIABÁ VEST vai me ajudar na realização desse sonho.” A candidata parabeniza a Prefeitura de Cuiabá pela realização de mais um teste de seleção, que ocorre desde 2005.

O Coordenador geral da FUNEC, Mário Nadaf, explica o porquê dá escolha do dia 08 de Maio, dia das Mães, para a realização do certame: “Essa é uma forma de presentear a mãe no dia de hoje. Tenho certeza que é uma felicidade ter seu filho inscrito em um cursinho gratuito, de boa qualidade, com uma ótima equipe de professores durante o ano todo, e que vai prepará-lo para o ingresso em um curso superior. É a Prefeitura de Cuiabá ajudando a encaminhar seu filho para um futuro melhor.”

DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS E INÍCIO DAS AULAS

A lista com os nomes dos aprovados por pólo para ingressar no CUIABÁ VEST 2011 será divulgada nesta quinta-feira, dia (12-05), nos veículos de comunicação da capital e nos sites da Prefeitura de Cuiabá (www.cuiaba.mt.gov.br) e do Grupo Atame (www.grupoatame.com.br), que realizou o teste de seleção.

O início das aulas está confirmado para o dia (16-05), com os candidatos nos seus respectivos pólos.

Enquanto não inicia as aulas, a Prefeitura de Cuiabá trabalha na reforma de todos os pólos, com o objetivo de oferecer maior conforto aos alunos e na seleção do melhor corpo docente do Estado, com a finalidade de dar a todos os estudantes as melhores condições para que consigam atingir o objetivo de passar no vestibular ou obter as melhores notas no ENEM.

Professores adotam técnicas para evitar plágios de trabalhos

Educação Terra
A facilidade de encontrar conteúdos prontos na internet colabora com os plágios de trabalhos
Foto: Getty Images

Mesmo quando não existia a internet, os alunos já tinham o costume de copiar trechos inteiros de enciclopédias nos trabalhos escolares. Porém, a facilidade de colocar palavras-chave em sites de busca e ali surgir toda o conteúdo exigido em uma tarefa tem resultado em preocupação para os professores, que encontram mecanismos para evitar a ação dos alunos plagiadores.

Adriana Iassuda, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental do Colégio Itatiaia, em São Paulo, afirma que os professores estão precavidos. "Os alunos acham que não usamos a internet, que não fazemos parte desse mundo", comenta. "A verdade é que, assim como eles procuram no Google por um trabalho pronto, os educadores já têm o costume de colocar trechos desse trabalho também nos sites de busca para descobrir se é original".

Do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental a prática de copiar não é tão comum, avalia Priscila Rocha, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental Um do Educandário Monteiro Lobato, no Rio de Janeiro. Isso porque os professores costumam indicar o laboratório de informática para a realização de pesquisas, e lá os monitores podem dar suporte. Já a partir do 6º ano, o adolescente é mais independente e quer testar limites, aí a tentação de copiar é grande, diz a professora.

A solução é propor atividades a partir do conteúdo e não simplesmente pedir que tragam informações. Priscila sugere a criação de seminários, em que o tema estudado é debatido pela turma. Outra possibilidade é que os estudantes apresentem na frente dos colegas o que pesquisaram ou que escrevam. Dessa maneira, o aluno é obrigado a refletir e a comprender o que pesquisou.

No Colégio Itatiaia, a estratégia é parecida. "Não aceitamos que ele simplesmente imprima algo da internet. A criança tem de elaborar um texto a partir da pesquisa", afirma Adriana. Para saber se ela leu e compreendeu, o aluno é obrigado a escrever uma síntese ou apresentar o seu trabalho para o professor.

Caso se comprove que o aluno realmente cometeu plágio, ele é obrigado a refazer o trabalho. "Normalmente isso acontece com quem deixou para a última hora", diz Adriana. Se não for uma prática recorrente, a coordenadora conta que os pais não são chamados na escola. Já no Itatiaia, a família deve ir ao colégio na primeira vez em que o problema acontece. "Chamamos o responsável e a orientadora educacional pontua essa questão para pais e filho", afirma Priscila.

Monografias
O ato de plagiar os trabalhos não é comum apenas no colégio, ele também acontece com projetos finais de graduação e de pós-graduação. "De uns tempos para cá, notamos que muitos alunos começaram a querer bancar os 'espertos'", afirma André Valle, coordenador de MBA em Gerenciamento de Projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBS).

Com tantos serviços disponíveis para a compra de monografias e outras tantas simplesmente prontas na web, a solução foi profissionalizar a verificação desse material. Se antes os professores apenas lançavam em sites de busca alguns trechos da pesquisa, agora a Fundação utiliza um software específico para farejar plágios, o Éphoros.

Como o programa roda no servidor, mantém o computador ágil, e os professores podem salvar o trabalho no Éphoros em um dia e buscá-lo no outro. "Ele te dá toda a prova do crime, fornecendo um relatório completo com as referências de todos os trechos do texto", diz Valle. A eficiência do programa já mostrou resultado e diminuiu as cópias de 20% dos trabalhos para menos de 1% em um ano. Valle ressalta que citações de outros autores são bem-vindas, só não dá para copiar uma parte e chamar de seu.

Educação não é prioridade nos planos de governo, diz estudo

TERRA EDUCAÇÃO

Um dos educadores mais respeitados do Brasil, Paulo Freire, costumava afirmar que "ensinar o povo a ver criticamente o mundo é sempre uma prática incômoda para os que fundam os seus poderes sobre a inocência dos explorados". Um estudo recente do professor Romualdo Portela, da Universidade de São Paulo, embasa a opinião famosa de Freire.

Segundo a pesquisa, o projeto de desenvolvimento econômico do Brasil ainda não trata a educação como prioridade em suas ações e programas. Apesar de reconhecer a melhoria da qualidade do ensino como estratégia fundamental para o crescimento da economia e desenvolvimento social, o país ainda não conseguiu traduzir essa intenção em ações efetivas.

O estudo foi divulgado na quinta-feira, 5 de maio, durante o Seminário Internacional Educação e Desenvolvimento, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Em suas pesquisas, Portela analisou os principais planos norteadores pelo governo do ex-presidente Lula e detectou que, quando a educação aparece como área de ação estratégica, essa intenção não é traduzida na prática, especialmente no que diz respeito ao financiamento. Entre os planos de ação, foram estudados o Plano Plurianual (PPA) 2008-2011 e as duas edições do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O professor destaca que, na primeira edição do PAC, a educação não aparece, e na segunda, a área é contemplada exclusivamente com investimentos para a construção de 6 mil creches. No PPA, a educação é um dos três eixos estruturantes para o desenvolvimento do país, mas o plano não prevê aumento dos investimentos para que se consiga melhorar a qualidade do ensino e aumentar a escolaridade do trabalhador.

"Os planos mais recentes são melhores que os antigos. Eles conseguem formular a importância da educação como estratégica do ponto de vista do desenvolvimento humano e social, mas a tradução dessa prioridade, que já está enunciada em políticas concretas, essa parte nós não fazemos", explicou Portela à Agência Brasil.

Em seu estudo, o professor aponta que o processo produtivo de hoje exige um novo tipo de trabalhador, diferente daquele da década de 60. E a complexidade do trabalho moderno gerou novas demandas para a educação. "Aquela mão de obra formada no próprio processo produtivo praticamente não existe mais. E quando é formada dessa forma, ela não sobrevive. Esse modelo exige a necessidade de ampliação da educação em todos os níveis", compara.

O estudo também analisou o Plano Brasil 2022, elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, e a Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Portela destaca que esses documentos são de "perspectiva: indicam aonde o país quer chegar, mas não delimitam ações". Em ambos, a educação ocupa espaço de destaque, mas os princípios indicados não se refletem nos planos práticos.

Portela ressalta que falta integração entre os diferentes projetos do governo. "Nesse momento nós estamos discutindo o novo PPA, então seria um bom momento para nós traduzirmos essa prioridade e darmos um salto na integração das políticas de desenvolvimento e educação. Com mais orçamento nós temos condições de enfrentar, por exemplo, o desafio da qualidade. Nós precisamos de um choque de educação para o governo todo e não só no Ministério da Educação", defende.

Novas tecnologias exigem novos conteúdos

Para Ana Teresa Ralston, da Abril Educação, desafio do mercado editorial é criar livro didático 100% multimídia


(Foto: Dan Kitwood/Getty Images)

O mercado editorial e as empresas de sistemas de ensino começam a se preparar para uma nova realidade: a do livro didático digital. Com dispositivos como laptops, e-books e iPads, um novo cenário se apresenta para a educação. E também novos desafios. “Novas tecnologias requerem novos conteúdos”, diz Ana Teresa Ralston, diretora da tecnologia de educação e formação de professores da Abril Educação - grupo que reúne editoras e sistemas de ensino e é controlado pela família Civita, que também é dona da editora Abril, que publica VEJA. Convidada a falar sobre o tema em um painel especial da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se encerra neste domingo, a especialista, diz que ainda é preciso investir tempo e recursos para criar um livro didático 100% digital e multimídia. Confirma a seguir os principais trechos da entrevista.

O futuro do livro é incerto, mas o processo de digitalização já começou, com os e-books, iPads e outros dispositivos. Em relação às obras didáticas, o que é possível constatar?
É possível dizer que temos uma revolução escondida. Uma revolução que já começou, mas que escapa à nossa observação porque acontece no processo de produção do livro didático. Ao produzi-lo, já utilizamos todos os artefatos tecnológicos disponíveis. Porém, o que se analisa agora é quando isso estará presente na versão final do livro, ou seja, quando ele será completamente multimídia e virtual. Muitos estudiosos apontam que a educação levará mais tempo do que outras áreas para incorporar todas essas inovações.

Qual a razão dessa demora?
No meio educacional, as tecnologias demoraram mais a serem incorporadas, em virtude das mudanças que elas imprimem nos padrões, na formação dos educadores, na produção do material de apoio e na infraestrutura das escolas. Novas tecnologias requerem novos conteúdos, e, para isso, é preciso profissionais capacitados, preparados para produzir esse novos conteúdos. Além disso, o professor que irá usar essas ferramentas também precisa ser formado para a essa tarefa.

Então, o que ocorre nesse processo não é a simples digitalização do conteúdo impresso, mas, sim, a criação de novos conteúdos.
É importante lembrar que, quando falamos desse processo, abordamos três elementos distintos: o livro didático impresso, o livro didático impresso digitalizado - e isso já fazemos - e o livro 100% virtual. Nesse último, o que ocorre não é a simples transferência do impresso para o digital. É uma outra comunicação, que acontece em outra mídias. E acho que esse é o grande desafio: a maneira como organizamos os conteúdos na mídia impressa é diferente da maneira como o fazemos na mídia digital.

Esse novo tipo de conteúdo, mais familiar aos alunos que já utilizam as tecnologias fora da sala de aula, pode alimentar o interesse dos estudantes pelo que se ensina nas escolas?
Quando trabalhamos com soluções digitais, procuramos entrar em sintonia com a linguagem do aluno. Mas essas soluções precisam ser utilizadas com orientação pedagógica para que sejam significativas. Caso contrário, viram só distração.

Como evitar que o livro didático digital seja uma armadilha?
Eu costumo dizer que o meio digital evidencia uma aula mal dada. Às vezes, temos uma aula que não foi a ideal, mas não há registros dela. Já com a tecnologia digital tudo fica registrado. Então, é preciso usá-la para enfatizar boas práticas, para ilustrar situações que não seriam possíveis de outra forma. A tecnologia é um recurso poderoso, viável e possível e não deve ser usado como enfeite. Para isso, é importante pensar quais recursos são relevantes para esse novo ambiente. Caso contrário, retira-se essa relação afetiva que temos com o papel e com a leitura sem adicionar nenhum ganho.

Quais podem ser os ganhos da adoção da tecnologia na educação?
São as possibilidades de interação, de animação, de ilustração, de relacionar os conteúdos e fazer pesquisas. Em disciplinas como química, física e biologia, por exemplo, é possível simular situações. O professor pode ainda trabalhar infográficos de tempos históricos e evoluções geológicas. Pode trabalhar com pesquisas imediatas dos assuntos que estão sendo trabalhados naquele momento. É possível estimular o aluno para a possibilidade de troca, de colaboração, de construção do conteúdo em conjunto. Esse tipo de habilidade e competência é uma demanda do mercado de trabalho. E se o aluno começar a vivenciar isso no mundo da escola, ele vai poder ter essa habilidade como algo natural no mundo do trabalho.

Quais as dificuldades envolvidas na criação de um livro didático multimídia?
Precisamos conceber um produto diferente, não apenas digitalizar o que já existe. Além disso, precisamos viabilizar o acesso a todas as escolas brasileiras, nos mais remotos lugares. Aí, temos o desafio da entrega – e também da produção. Hoje, apenas começamos a trabalhar com alguns componentes agregados, ou seja, a pensar conteúdos de forma integrada.

As empresas de sistemas de ensino já estão se preparando para essa nova realidade?
Já. A digitalização de livros e apostilas já existe. O que começamos a fazer agora é desenvolver o material integrado: o meio impresso e o meio digital. O esforço é na produção de conteúdos virtuais, cada vez mais relevantes, integrados e efetivos. Ainda não pensamos em um produto 100% digital porque pensamos antes no material impresso, e depois partimos para o virtual. Acredito que pensar a totalidade do produto no ambiente virtual seja o nosso próximo passo.

Alguns especialistas pregam o fim do livro tal como nós o conhecemos, enquanto outros defendem que, apesar dos avanços tecnológicos, ele jamais deixará de existir. Quais são suas previsões?
Acho que ainda é cedo para previsões. Contudo, é hora de pensar nas evoluções da integração das mídias e se preparar para elas. Particularmente, não acredito que teremos uma mídia só. Aposto em uma segmentação. Nós pensaremos sobre qual a melhor forma de transmitir cada conteúdo. Ainda temos gerações que possuem uma relação muito próxima com o livro e alguns conteúdos seguirão sendo consumidos na mídia impressa. O que talvez tenha mudado é que hoje avaliamos o conteúdo antes de consumi-lo. Então, baixamos um livro no Kindle, por exemplo, e, se gostamos da leitura, compramos a versão impressa.

Instituições da América Latina e do Caribe discutem internacionalização

LUCAS FERRAZ
DE BUENOS AIRES
MARINA MESQUITA
DE SÃO PAULO

A internacionalização do ensino superior na América Latina ainda caminha a passos lentos. A região tenta superar limitações como a falta de investimento nas instituições de ensino, crescimento descontrolado de universidades privadas de baixa qualidade, regras distintas vigentes em cada um dos países e as más posições das instituições nos rankings mundiais universitários.

O número de alunos e professores estrangeiros é um dos critérios avaliado pelos rankings universitários e, ao mesmo tempo, a posição ocupada por uma instituição influencia o número de alunos e professores estrangeiros que a escolhem como destino.

A dificuldade para se reconhecer um diploma de graduação obtido no exterior é também um problema para promover a internacionalização. Na União Europeia, por exemplo, não há restrição entre os países do bloco. Na América Latina, os ministérios da Educação dos países precisam avaliar --e aprovar-- o título obtido no exterior.

"Ainda há uma falta de articulação muito grande. O reconhecimento do título estrangeiro ainda é o principal entrave", diz o venezuelano Pedro Henríquez Guajaro, diretor do Instituto Internacional para Educação Superior da América Latina e Caribe (Iesalc), da Unesco.

ENCONTRO

Na semana passada, a Iesalc promoveu um encontro, em Buenos Aires, entre redes universitárias da América Latina e Caribe. Estavam presentes representantes de todos os países da região, reunidos em 67 instituições públicas e privadas. Além de discutir o intercâmbio e a produção acadêmica, o encontro discutiu como facilitar a internacionalização na região. O desafio é enorme.

Uma das propostas é tentar firmar acordos bilaterais entre os países. O Mercosul estuda o tema, mas por enquanto não há consenso.

Um dos três representantes brasileiros no encontro, João Carlos Brahm, reitor da Universidade do Rio Grande e diretor da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), admite que o país ainda está atrasado em alguns aspectos.

"Há muita burocracia para reconhecer os títulos de graduação obtidos no exterior, por exemplo, mas já avançamos muito. Há mais financiamentos e vários acordos internacionais para cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado", diz.

Para tentar impulsionar a mobilidade acadêmica na América Latina e no Caribe, o encontro também lançou as bases do Mesalc (Mapa da Educação Superior na América Latina e no Caribe). A iniciativa da Iesalc pretende criar um sistema de informação para mostrar os resultados e progressos conquistados pelas instituições de educação superior da região e permitir maior interação acadêmica entre elas.

Os organizadores da iniciativa também veem o Mesalc como uma alternativa aos rankings universitários que "não se adaptam às características e às necessidades" da América Latina e do Caribe.

"O Mesalc facilita a avaliação e o conhecimento das nossas particularidades, características e valores, antes de sermos comparados por padrões estabelecidos por realidades que não são condizem com as nossas", diz Guajaro em declaração publicada no site da Iesalc.

Projeto torna obrigatório ensino fundamental em tempo integral

A Câmara analisa o Projeto de Lei 413/11, do deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), que torna obrigatório o ensino fundamental regular em tempo integral, com jornada escolar de, pelo menos, sete horas diárias. Atualmente, a jornada escolar no ensino fundamental inclui pelo menos quatro horas de aula.

De acordo com a Agência Câmara, o projeto também prevê diversas medidas para ampliar a qualidade da educação básica no País, como a implantação de programa de formação continuada para os profissionais do magistério e servidores técnico-administrativos. Esse programa de formação deverá ter dotação orçamentária específica.

Segundo o projeto, a cada avaliação nacional do ensino fundamental e médio, as médias de resultados deverão ser superiores às verificadas na avaliação anterior. Para isso, serão desenvolvidas ações específicas, como a alocação de recursos financeiros em volume compatível com os esforços a serem empreendidos em cada sistema e rede pública de ensino.

De acordo com a proposta, enquanto houver estudante com desempenho inferior ao mínimo aceitável, as unidades da Federação deverão desenvolver ações específicas, destinando verbas para a superação das causas que estejam determinando as insuficiências observadas em seus sistemas e redes públicas de ensino.

O projeto também estabelece que, a cada dois anos, as taxas de repetência e de evasão no ensino fundamental e no ensino médio deverão ser menores que as respectivas taxas médias observadas no biênio anterior. Os estados manterão estratégias específicas para prevenção e controle da repetência e da evasão escolar.

De acordo com a proposta, o descumprimento dessas medidas caracteriza-se, entre outros, como crime de responsabilidade e ato de improbidade administrativa. “É fundamental firmar compromissos com a elevação da qualidade e definir responsabilidades dos gestores públicos com relação a eles”, afirma o autor.

O projeto define o prazo de cinco anos, contados da publicação da lei, para que os estados ajustem suas redes públicas de ensino.

A proposta tramita em conjunto com o PL 7420/06, que será votado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania; e pelo Plenário.
Em novembro de 2010, uma comissão especial da Câmara aprovou proposta que amplia a jornada escolar da rede pública para, no mínimo, sete horas. Essa proposta (PEC 134/07) ainda aguarda inclusão na pauta do Plenário.


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