sexta-feira, 3 de junho de 2011

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE


Celebra-se em (05) cinco de junho o Dia Mundial do Meio Ambiente. É insensato e irônico, pois nós, humanos, que nos proclamamos inteligentes, somos os únicos a degradar o nosso habitat. Parte do lençol freático está irremediavelmente poluído pela decomposição do lixo. Rondonópolis produz diariamente seca de 120 t. Dia de resíduos ou lixos. 96% dessas 120 t. de resíduos domésticos são lançadas diariamente no meio ambiente sem nenhum cuidado especial, ou seja, terão seu destino final em algum lixão. O lixo é uma questão onde se envolve toda a sociedade, a Lei 12.305/2010, que cuida da Política Nacional de Resíduos Sólidos dispões sobre a responsabilidade compartilhada, definindo-a como a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos, a ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes e os consumidores e também os titulares dos serviços públicos da limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. Em nossa cidade o lixo está exposto a céu aberto, e traz um problema que muitos não conhecem, é quantidade de chorume produzindo pelos lixões. Seu DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) é 100 vezes mais que um esgoto domestico, enquanto um esgoto domestico tem seu percentual de 33,33mg/L, os lixões produz 10.000mg/L sem nenhum tratamento, ou seja ele é constantemente absorvido pelo terreno e contaminado posteriormente os lençóis freáticos da região introduzindo, Coliformes totais, Coliformes fecais, Escherichia coli (ou E. coli) – exclusivamente fecal (Colilert/tubos múltiplos), Ovos de helmintos, provocando doenças na população.
Um estudo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) estima que o ser humano ultrapassou em 20% os limites de exploração que o planeta pode suportar sem ser degradado. A Terra já não mais nos agüenta. É a marcha da insensatez do homem deletério, consumista e hedonista. Cálculos de alguns cientistas indicam que se todo o bem-estar dos países desenvolvidos for universalizado, necessitaremos de três Terras. A falta de proatividade se desvela naquilo que está cotidianamente ao alcance de todos: o índice de separação de lixo está estacionado há anos, apesar de todas as campanhas da mídia e das escolas. Em contrapartida, cresce em 6,8% a produção anual de resíduos atingindo em 2010 a cifra de 71 bilhões de toneladas, que corresponde a 376 kg/ano por brasileiro.
Concluindo em vez de “meio” ambiente deveria ser inteiro, inteiríssimo! Nós, humanos, vivemos numa espaçonave sem saída de emergência.

Carlos Eduardo S. Modolon
Gestor Ambiental

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