sexta-feira, 3 de junho de 2011

Reunião não impede paralisação

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Governo e trabalhadores da educação não chegaram a consenso sobre o aumento salarial e o início da greve continua mantido a partir de segunda-feira (6) para os 345 mil estudantes da rede pública estadual. Na primeira reunião de negociação na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), os gestores apresentaram em números a impossibilidade em aumentar o piso salarial de imediato, para R$ 1.312, como cobram os servidores. Após 3 horas de reunião, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) afirmou que está mantida a suspensão dos trabalhos nas 724 escolas do Estado.

O presidente do Sintep, Gilmar Soares Ferreira, diz que levará as informações para a categoria. Mas garante que o quadro não muda até o momento, pois não houve avanços sobre o incremento salarial pretendido. Da mesma forma, a greve não pode ser suspensa, pois seria necessário marcar nova assembleia geral. Na reunião realizada na segunda-feira, em Cuiabá, cerca de 1,5 mil trabalhadores votaram pela greve por tempo indeterminado, alegando que a reivindicação se arrasta por 2 anos.

Planilhas da receita foram apresentadas aos representantes do Sintep, apontando para a impossibilidade de pagar o valor exigido pela categoria. Conforme levantamento de custos realizado pelo Sintep, mesmo com a recomposição salarial de 10%, como foi sinalizada pelo Governo, a destinação de recursos da receita da educação não alcança os 60% previstos na Lei Complementar nº 388 de 2010. Os trabalhadores pleiteiam o aumento do piso salarial para nível médio de R$ 1.135 para R$ 1.312, imediatamente. O incremento representaria 57,82% da receita da educação.

O secretário de administração, Cesar Roberto Zilio, garante não ter a possibilidade do aumento imediato no piso salarial para nível médio dos trabalhadores da educação. Com base no balanço do quadrimestre, fica mantida a oferta de aumento de 10% ao piso a partir da folha do mês de maio, fazendo o valor chegar a R$ 1.248. A previsão dada é que em dezembro, haveria outro reajuste, passando para R$ 1.285 e em abril de 2012 o piso de R$ 1.312 seria instituído. Segundo Zilio, hoje haverá novas reuniões internas de governo e à tarde a categoria pode ter novo posicionamento.

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