terça-feira, 26 de julho de 2011

SEM-EDUCAÇÃO OU SENDUCAÇÃO

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Como diria um velho caipira ao ser tratado por certo rapaz “Aquele rapaz é muito senducação”. Nos dias de hoje o que é correto, expressar ou escrever bem? Vivemos em uma sociedade onde os princípios básicos da educação estão sendo trocado por interesse pessoal, diversos conceitos e metodologia educacionais foram se perdendo devido a vários fatores que desestimula a característica do individuo. A falta de comprometimento por parte do governo com os profissionais da educação e com a estrutura da unidade de ensino, a falta de empenho com a educação por parte de alguns educadores cujos seus valores estão somente fruir com a atividade, e por fim os alunos que a cada dia se sente mais e mais debilitado com o ensino praticado nas escolas brasileiras.
O que vemos hoje no cenário da educação, seja ela em toda sua esfera, é que a pratica de uma nova adaptação pedagógica está arruinar-se devido a conceito adquiridos na própria formação dos educadores. Para Piaget o mecanismo de adaptação a uma situação nova e, como tal, implica a construção contínua de novas estruturas, incorporando a realidade aos esquemas de ação do indivíduo ou o processo em que o indivíduo transforma o meio para satisfação de suas necessidades. Para Paulo Freire um dos grandes educadores deste país, a educação deve ter uma visão plena do aluno, e educar com coragem e audácia apesar do desrespeito e da desvalorização do trabalho do professor em todos os níveis. Mas o que vivenciamos no nosso cotidiano é a contramão da realidade, e os valores culturais estão se fundindo em uma postura de responsabilidade errônea, pois a atividade educativa não se limita ao caso particular do sistema formal de educação não é ela privilégio do educador e sim de toda a família, igreja, sociedade grupos políticos e sociais.
Jovens do Ensino Médio e também do ensino superior durante seus estudos utilizam-se de recursos inadequados para conseguir notas em disciplinas. Perante uma desculpa esfarrapada da falta de tempo, entregam aos professores textos e trabalhos copiados da internet. Mas será que o grande erro esta no educador ou no educando, como diz Paulo Coelho no Livro Brida, “nem todo mundo anda errado, até mesmo um relógio quebrado está certo duas vezes ao dia”. Os motivos que levam estudantes a fazer cópia de trabalhos e apresentar são vários, e estão relacionados à sua formação inicial, até o ensino médio. Os estudantes estão despreparados em relação à escrita, eles têm dificuldade em assimilar o que leram no texto.
Especificamos idéias, não abdicamos idéias, discorremos aulas, não debatemos ou discutimos. Cogitamos sobre o educando, não trabalhamos com ele. Atribuirmos uma ordem a que ele não adere, mas se acomoda. Não lhe oferecemos meios para pensar real, porque embolsamos as expressões que lhe damos simplesmente as guarda. Não as incorpora porque a incorporação é o resultado de busca de algo que exige, de quem o tenta, esforço de recriação e de procura. Exige reinvenção (FREIRE, 2001, p. 104).
O que se relaciona o bom professor e o bom aluno está na qualidade de ensino, onde o dialogo esteja sempre presente, criando uma relação de aprendizagem e alto critica, engajando professores e alunos na construção do conhecimento, onde todos ensinam e todos aprendem. O comprometimento com a educação é a essência da perfeição e junto com o empenho está o compromisso profissional, o que faz com que o educador a viva profundamente suas práticas educacionais, a fim de manter a coesão sobre seus valores e atitude. Desta maneira formaremos seres capazes de pensar e não de colar, seres que possam decidir que futuro estabelecer a uma nova sociedade, onde a mesma não seja uma massa sem fermento, manipulada por seres cujo caipira no começo texto diz “senducação”.


Carlos Eduardo Silva Modolon
Graduado em Administração
Pós-graduando em Meio Ambiente

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